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Psicoterapia para nômades digitais

  • Foto do escritor: Melina Garcia Gorjon
    Melina Garcia Gorjon
  • 17 de jun. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 1 de jul. de 2024



Foto de uma mesa com computador em um cenario de natureza e uma foto de um caminho no meio da mata.
Psicoterapia para nômades digitais


O que é um nômade digital?


Um nômade digital é alguém que utiliza a tecnologia para trabalhar de forma remota e flexível, geralmente viajando de um lugar para outro. Este estilo de vida permite que os nômades digitais realizem suas tarefas profissionais de qualquer localidade com acesso à internet, aproveitando a liberdade geográfica para explorar diferentes culturas e ambientes. Eles podem trabalhar como freelancers, empreendedores ou empregados de empresas que apoiam o trabalho remoto, adaptando-se a uma variedade de ambientes de trabalho, desde cafés acolhedores até espaços de coworking internacionais.


Como a terapia pode ajudar mulheres brasileiras que são nômades digitais?


Para nômades digitais, que frequentemente vivem uma vida de constante mudança e transitoriedade, a terapia pode desempenhar um papel crucial na promoção do bem-estar mental e emocional. Enfrentar a instabilidade geográfica e a falta de raízes físicas pode gerar desafios psicológicos como solidão, ansiedade e dificuldades de conexão emocional. A terapia oferece um espaço seguro e consistente onde os nômades podem explorar esses sentimentos, ganhar insights sobre si mesmos e desenvolver estratégias para lidar com as incertezas da vida itinerante. Além disso, pode ajudar na gestão do equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, na manutenção de relacionamentos à distância e na criação de um senso de estabilidade emocional dentro da dinâmica constante de viagens e novos ambiente.


Mulheres historicamente foram desencorajadas a viajar sozinha


É um grande desafio para mulheres que são nômades digitais, o machismo estrutural sempre coloca que viajar sozinha trás riscos e perigos. Sim, sempre há riscos, independente de ser nômade digital ou não, mas quando as mulheres deixam de ocupar tais espaços não há mudanças. É necessário enfrentar os medos e bancar o desejo, sem romantizações mas com sabedoria. Compreender e refletir sobre como os padrões sociais influenciam a desistir de nossos sonhos, como o de viajar sozinha, é fundamental e a terapia pode auxiliar nesse processo de libertação.


Alguns desafios:


Um dos principais desafios é a constante adaptação a novos ambientes e culturas, o que pode causar sentimentos de isolamento e dificuldade em estabelecer conexões sociais profundas. Além disso, a gestão do equilíbrio entre trabalho e vida pessoal pode ser complexa devido à falta de uma estrutura física estável e horários definidos. A instabilidade financeira também é uma preocupação, já que a renda muitas vezes depende de contratos temporários ou projetos freelancers.

Questões de saúde mental, como estresse e ansiedade, podem ser exacerbadas pela falta de rotina e pelo desconforto emocional de estar longe de amigos e familiares por períodos prolongados. A logística de viagem constante e as questões legais e administrativas relacionadas à residência e visto também adicionam camadas de complexidade aos desafios enfrentados pelos nômades digitais.


Nômades digitais também precisam de rotina


Rotina é uma palavra mal interpretada e depende do uso que fazemos dela. Uma das origens da palavra é do latim, da palavra "RUPTA" (VIA), que siginifica "caminho rompido, aberto à força; e da palavra "RUMPERE" que significa quebrar, romper. Nesse sentido a rotina quando escolhida de maneira assertiva, ao colocar nossos desejos e necessidades como prioridade, pode nos auxiliar a construir uma vida mais plena.

Para nômades digitais, manter uma rotina de terapia pode ser desafiador, mas também viável com as tecnologias modernas. A terapia online oferece flexibilidade crucial, permitindo que os nômades se conectem com seus terapeutas de qualquer lugar do mundo, desde que tenham acesso à internet estável. Esta modalidade permite agendar sessões de acordo com a disponibilidade do indivíduo, adaptando-se aos horários variáveis e aos fusos horários diferentes que os nômades enfrentam em suas jornadas.

Além disso, a portabilidade das plataformas de videochamada e mensagens instantâneas facilita o acompanhamento terapêutico mesmo em movimento, garantindo continuidade no processo de autoconhecimento e crescimento pessoal, essenciais para enfrentar os desafios emocionais da vida nômade.





 
 

Psicóloga Melina G. Gorjon (CRP 06/146718)

Não realizo atendimentos imediatos para crises

Em caso de crise vá até o hospital mais próximo ou ligue para CVV (188)

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